Gastos com saúde: como negociar melhor seu plano de saúde corporativo

O último reajuste de plano corporativo de saúde teve aumento de 20%, de acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS), em 2019. O valor é quase o triplo do aumento anunciado para os planos individuais. 

Há alguns anos que os planos corporativos vêm sofrendo altos reajustes, prejudicando os orçamentos e a folha de pagamento das empresas. O que fazer nesse momento? Cancelar o plano corporativo e deixar o colaborador desamparado não é uma alternativa interessante para empresas que querem ser desejadas pelos melhores talentos. Mas existem soluções que podem impactar na redução desse custo. Reunimos sugestões e preparamos esse artigo com algumas dicas de como negociar o plano corporativo. Acompanhe!

Quais fatores influenciam no reajuste do plano de saúde corporativo?

Antes de começar um processo de negociação, é importante entender quais são os fatores que levam ao aumento no plano. Para definir o reajuste de cada serviço, a operadora considera os pontos a seguir:

Índice de sinistralidade

A sinistralidade está relacionada com o percentual do que foi gasto para cobrir os custos dos serviços pagos pelo plano. Ou seja, cada vez que o colaborador utiliza o plano de saúde, um “sinistro” é registrado. O percentual de cada sinistro pode variar de acordo com o tipo de serviço. Quanto mais o colaborador utiliza o serviço, maior será o percentual de sinistro no total.

Risco intrínseco na área de atuação

Algumas áreas ou atividades expõem os colaboradores ao risco na atividade laboral. Esse fator é levado em consideração pela operadora de plano de saúde quando a empresa fecha um contrato. Profissionais que atuam na construção civil, em áreas com risco de incêndio, sob o sol frequente, com sistemas de segurança, entre outras atividades, são considerados atuantes em áreas de alto risco. 

Preço de itens médicos

A inflação sobre os itens médicos, que considera um aumento nas despesas com equipamentos, medicamentos e instalações, são adicionados ao valor. Caso a empresa precise usar um plano de saúde com maior abrangência, também terá esse custo inflacionado no valor. 

Diante desses fatores, a empresa deve começar um plano para negociar o reajuste do plano de saúde corporativo

Como negociar o reajuste do plano de saúde corporativo e reduzir os gastos com saúde

Antes de negociar o reajuste, a empresa precisa começar um processo de educação, conscientização e cuidado com os colaboradores. A educação e a conscientização é para que os colaboradores entendam que o uso dos plano de saúde, de forma exagerada e desnecessária, vai gerar gastos para a empresa. 

Com isso, todos os outros investimentos, como salários e até outros benefícios podem ser impactados. O cuidado com a saúde dos colaboradores é para torná-los mais saudáveis e evitar que seja necessário utilizar o plano corporativo. Veja as dicas a seguir:

1. Faça um mapeamento da saúde dos colaboradores

Entender como anda a saúde dos colaboradores é o primeiro passo. A partir desse mapeamento, será possível buscar soluções para cuidar das particularidades de cada profissional e evitar o desenvolvimento de doenças.

2. Invista em um programa de qualidade de vida

Após o mapeamento, desenvolva um programa de qualidade de vida, com estímulo à prática de atividades esportivas, alimentação saudável, redução do estresse, entre outros fatores que beneficiam a saúde dos colaboradores. 

3. Desenvolva um programa de promoção à saúde

A prevenção é a melhor forma de reduzir o índice de desenvolvimento de doenças no meio corporativo. O objetivo desse tipo de programa é cuidar da saúde por meio do acompanhamento e do atendimento primário à saúde. 

4. Divida a responsabilidade com os colaboradores

A coparticipação é uma forma de dividir os custos e fazer com que os colaboradores utilizem o plano com mais responsabilidade. Na coparticipação, a empresa paga uma parte do plano de saúde e os colaboradores pagam uma porcentagem – entre 10% e 30%. Assim, os profissionais vão pensar melhor antes de utilizar um serviço de saúde. 

Outras dicas para evitar gastos com saúde

Depois de colocar os programas de qualidade de vida e prevenção à saúde em prática, faça um levantamento das melhorias proporcionadas para a saúde do colaborador. Desenvolver um gráfico com a evolução da saúde dos profissionais pode ajudar a empresa na hora de negociar o reajuste. O gráfico vai mostrar que o risco de sinistralidade da empresa foi reduzido, com isso o reajuste também pode ser menor. 

Além das iniciativas diretamente relacionadas a custos do plano corporativo, existem outras medidas que podem impactar positivamente nos resultados da empresa. O cuidado com o clima e a cultura organizacional da empresa também pode ajudar a reduzir os gastos com saúde. Veja como neste artigo.

Para saber mais sobre qualidade de vida no trabalho, acesse o blog da GoGood!

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